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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Lendas do distrito de Santarém

quarta-feira, 29 de julho de 2009

PRAÇA DE TOIROS - "Celestino Graça"

Curiosidades

Praça de toiros de Santarém é a segunda do país com maior afluência de público.

SANTARÉM (O MIRANTE) . Praça de toiros de Santarém é a segunda do país com maior afluência de público : A praça de toiros Celestino Graça, em Santarém, foi aquela que na região do Ribatejo registou maior número de espectadores durante a época tauromáquica de 2008, revela o relatório da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) disponibilizado recentemente. Em cinco corridas de toiros, o recinto da capital de distrito recebeu um total de 49.335 assistentes, ocupando o segundo lugar do ranking nacional que é liderado pelo Campo Pequeno (Lisboa) com 122.768 pessoas nas bancadas.
O relatório da IGAC revela também que a na região só há mais duas praças com um número de ocupação das bancadas acima das dez mil pessoas na totalidade dos espectáculos realizados. É o caso da Palha Blanco em Vila Franca de Xira com 20.741, que em comparação com Santarém teve o dobro das corridas de toiros, mas menos de metade da assistência. Coruche é a outra praça que figura no documento, com a realização de cinco espectáculos tauromáquicos aos quais assistiram no total 17.035 pessoas.
A maior parte das praças de toiros da região recebeu em 2008 entre uma a três corridas em toda a época. Como foi o caso de Vila Nova da Barquinha que só teve uma corrida; Almeirim e Tomar, com dois espectáculos, e Azambuja, Cartaxo, Chamusca e Salvaterra de Magos com três, cada uma delas. Houve ainda três espectáculos tauromáquicos em praças ambulantes no concelho de Benavente, uma em Ourém e outra em Torres Novas no mesmo tipo de recinto desmontável.

Curiosidades e história

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Lenda da Nossa Senhora da Piedade

Conta a lenda que os de Santarém, ao verem aproximar-se os castelhanos do caminho de Lisboa (depois de terem tomado uma fortaleza fronteiriça no Alentejo), recorreram à imagem de Nossa Senhora existente numa ermida junto à Porta de Leiria, ao tempo de grande devoção e muito frequentada, para que a mãe de Cristo intercedesse e protegesse os Portugueses, pedindo-lhe um sinal para a sua fé. E obtiveram tal sinal, porquanto a imagem de Nossa Senhora se inclinou sobre o rosto do Filho, enquanto que o rosto deste quase se uniu com o de sua Mãe, de tal modo que não cabia entre um e outro mais que uma mão travessa, depois um dedo e, no dia seguinte, a aproximação entre os rostos não possibilitava, sequer, que coubesse entre eles a fina toalha de Nossa Senhora.Assim se juntaram as tropas que de Santarém saíram (cerca de 2/3) às tropas do Conde de Vale Flor, com destino ao Alentejo, onde em Ameixial venceram os castelhanos, obrigando-os a retirarem-se.Foi nessa ocasião que D. Afonso VI ordenou a edificação do actual templo de Nossa Senhora da Piedade, com demolição da Porta de Leiria e no lugar onde já existia a antiga ermida.

Lenda de Santa Iria

Nascida de uma rica família de Nabância (Região de Tomar), de onde era natural, Iria recebeu educação nobre num mosteiro de freiras beneditinas, governado por seu tio, o Abade Sélio, e no qual viria a professar. Pela sua beleza e inteligência, Iria cedo reuniu a simpatia das religiosas e das pessoas da povoação, em especial dos moços e fidalgos, que disputavam entre si a as virtudes da noviça.Entre estes mancebos contava-se Britaldo, príncipe daquele Senhorio, que veio a alimentar por Iria uma paixão doentia. Iria, porém, recusava as investidas amorosas do fogoso fidalgo, confessando-lhe a sua eterna devoção a Deus.
Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, director espiritual de Iria e a quem a beleza da donzela também não passara despercebida. Consumido de ciúmes, o monge fez tomar a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no seu corpo os sinais de gravidez. Expulsa do convento, a pobre donzela recolhera-se junto do rio para orar quando, traiçoeiramente, foi assassinada por um criado de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos. Lançado ao rio, o corpo da mártir foi depositado em sepulcro celestial nas claras areias do Tejo, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos. Após estes lendários acontecimentos, a urbe recebeu a nova deseignação de Sancta Irena, mantida após a dominação muulmana sob as formas de Chantitein ou Chantarim.


Lenda do Crucifixo

Lenda do Santo Milagre

Corria o ano de 1247, segundo uns cronistas, ou o de 1266, segundo outros.

Em Santarém, hoje cidade e então vila de Portugal, vivia uma pobre mulher, a quem o marido muito ofendia, andando desencaminhado com outra.

Cansada de sofrer, foi pedir a uma bruxa judia que, com os seus feitiços, desse fim à sua triste sorte.

Prometeu-lhe esta remédio eficaz, para o que necessitava uma Hóstia Consagrada. Depois de naturais hesitações, consentiu no sacrilégio a pobre mulher; foi à Igreja de Santo Estêvão, confessou-se e pediu Comunhão. Recebida a Sagrada Partícula, com suma cautela a tirou da boca, embrulhando-a no véu. Saiu prestes, da Igreja, e encaminhou-se para a casa da feiticeira. Mas, então, sem que ela o notasse, do véu começou a escorrer Sangue, que, visto por várias pessoas, as levou a perguntar à infeliz que ferimentos tinha, que tanto sangue jorravam. Confusa em extremo, corre logo para casa, e encerra a Hóstia Miraculosa numa das suas arcas.

Passou o dia, entretanto, e, à tarde, voltou o marido. Alta noite, acordam os dois, e vêem a casa toda resplandecente. Da arca saíam misteriosos raios de luz. Inteirado o homem do acto pecaminoso da mulher, de joelhos, passaram o resto da noite, em adoração. Mal rompeu o dia, foi o pároco informado do prodígio sobrenatural. Espalhado o sucesso, meia Santarém acorreu pressurosa a contemplar o Milagre.

A Sagrada Partícula foi então levada, processionalmente, para a Igreja de Santo Estêvão, onde ficou conservada dentro duma espécie de custódia feita de cera.
Mas, passado tempo, ao abrir-se o sacrário para expor à adoração dos fiéis, como era costume, o Santo Milagre, encontrou-se a cera feita em pedaços, e, com espanto, se viu estar a Sagrada Partícula encerrada numa âmbula de cristal, miracuiosamente aparecido.


Esta pequena âmbula foi colocada numa custódia de prata dourada onde ainda hoje se encontra.
Santo Estêvão é agora a Igreja do Santíssimo Milagre.

Lenda de São Frei Gil

Reza a lenda que Frei Gil, a caminho de Paris, é desviado para Toledo pelo diabo que lhe propõe ensinar-lhe magia como contrapartida da entrega da sua alma, através de um juramento assinado com o próprio sangue. Frei Gil, após assinatura do juramento, permaneceu numa gruta durante sete anos, adquirindo perícia na arte de medicar, capaz de causar assombro aos mestres em Paris. Um dia, apareceu-lhe um cavaleiro que lhe intimou a mudar de vida, sob pena de o matar. Frei Gil, aterrado, arrependeu-se e converteu-se, rogando à Mãe de Deus que lhe valesse. Nisto, apareceu o demónio a devolver-lhe o juramento que anos antes assinara com o próprio sangue, e começou assim a sua vida como Homem de Deus.


Curiosidades:
Após os estudos introdutórios de medicina, realizados em Portugal, Frei Gil aprofundou os seus conhecimentos médicos em Paris. A sua medicina reflecte as preocupações médicas da época, assim como as terapêuticas por ele instituídas são reveladoras do arsenal terapêutico ao seu dispor e do desenvolvimento da Farmácia, à época. Assim, encontram-se nas suas práticas médicas uma vertente um pouco arabizada, cruzada com práticas mágico-religiosas e de superstições, frequentes no período medieval. Os produtos mais utilizados na terapêutica eram os de origem vegetal, nomeadamente drogas como o heléboro, a arruda, a celidónia e ainda as malva, losna, funcho, etc. No que diz respeito às drogas de origem animal, recomendava o uso do leite de cabra, o mel, o fel de cabra e o leite de mulher. Entre algumas prescrições encontram-se o leite de cabra com heléboro para a névoa dos olhos, o cozimento de rebentos de malvas em água para a lepra.

Lenda dos meninos

Lenda dos meninos de Alfange
se o caso por volta de 1277 e teve o testemunho de Frei Bernardo de Morlans, umfilho da melhor nobreza da Gasconha, que para aqui veio pela mão de S. Frei Gil.
Tal fama granjeou que as famílias mais nobres da vila lhe confiaram seus filhos, não só para o ensino das primeiras letras, como ainda para a sua mais cuidada formação moral.
Dois destes meninos, que eram irmãos, assistiam-lhe continuamente como seus discípulos, dizendo a tradição que ambos andavam vestidos com o há-bito de S. Domingos, por devoção de seus pais e depois de ajudar à missa iam para a capela da Senhora do Rosário em que estava o famoso Menino Jesus dos Milagres. Ali se sentavam e estendiam a merenda.
Até que um deles se lembrou de levantar os olhos para a imagem e de perguntar ao celeste bambino se queria merendar com eles.
Acontece que o Menino, descendo dos braços da Virgem Mãe, aceitou o convite e fez-se hóspede e companheiro dos meninos.
Daqui a contarem o milagre às senhoras suas mães não foi mais que um passo, pedindo os educandos que lhes acrescentassem as merendas, tanto mais que tinham para eles um convidado de categoria...Era de esperar que a acolhida materna fosse um tanto céptica, senão suspeitosa de lambareira intenção, qual seria a de haver gula e ludíbrio a mais na requesta.
Daí se abrirem os pasmados fedelhos com seu mestre Frei Bernardo, a quem deram conta do sucedido. Também este não queria crer no que ouvia, até que, persuadido pelas emocionais narrativas e concludentes circunstâncias e queixando-se os petizes de que o seu divino conviva se não lembrasse de re-tribuir, nem de os convidar, teve a sagaz lembrança de lhes insinuar que, tornando o Menino a ser seu hóspede, lhe segredassem que bem gostariam eles e seu mestre de cear, um dia, em casa de seu Pai.Numa segunda-feira, antes da Ascensão, se deu o lance para o qual os pequenos se muniram de todaa coragem e audácia. Mal o celeste bambino desceu do regaço materno emeteu o lábio nos saborosos queijinhos de ovelha, cuja nevada polpa não fazia mancha na brancurado linho da toalha, estendida no supedâneo do altar, logo eles a inquirirem se os queijinhos do Céu não seriam, por acaso, melhores...A deixa era de aproveitar. E daí a debitarem o sermão encomendado por Frei Bernardo não foi mais, por certo, que duas sôfregas dentadas.
Não mostrou Jesus surpresa pelo desplante dos garotos.
Antes prometeu que daí a três dias lhes havia de dar um solene banquete em casa de seu Pai.
Suponha-se a confusão de Frei Bernardo, ao rece-ber a notícia da boca dos seus rapazes, quando estes, num alvoroço sem limites lhe deram conta do recado.
O nobre gascão, agora humilde sacristão dos dominicanos, visionava qual seria o banquete e tratou de se habilitar também ao convite. Sacando dos argumentos da escolástica e recorrendo aos silogismos da pragmática, lá foi dizendo aos discípulos que tornassem ao miraculoso altar e dissessem ao Menino que, trazendo eles o hábito de S. Domingos, não podiam deixar de observar as regras da Ordem.
Ora não indo os noviços a parte alguma sem a companhia do Mestre, logo, Frei Bernardo tinha de provar também da celestial lambarice...Sorriu-se o Menino Deus da lógica dos suplican tese da santa manha do mestre, inspirador da dili-gência. Logo lhes respondeu que à mesa de seu Pai havia sempre lugar para mais um e que se desse também por convidado o santo varão.
Não coube em si de contente, rejubilando com o aprazimento divino. Feita barrela geral das suas culpas, outro tanto cuidou da alminha inocente dos discípulos, prevendo o que lhe iria acontecer, para além da vida terrena. Quinta-feira de Ascensão, eis a postos os três dasanta conjura. Acabado o ofício da missa conventual, enquanto a comunidade se dirigia para o refeitório, abre-se Frei Bernardo com os pequenos, e segreda-lhes a fatal intenção do convite de Jesus.
Em face das portas da Eternidade que se lhes estão abrindo, anima-os, conforta-os para que eles não fraquejem no transe final. E posta a maior diligên-cia em tudo, reveste-se o frade dos paramentos e oficia no mesmo altar das merendas, dizendo missa, com estes a servir de acólitos e dando-lhes, porfim, a comunhão. Entre eles ficou, de joelhos, todos três de mãos erguidas, olhos postos no Menino. E ali esperaram a feliz hora - esses que haviam de ser chamados às bodas eternas e logo renderam suas ditosas almas ao Senhor que consigo os levou a casa de seu Eterno Pai, a gostarem por toda a eternidade do imortal banquete para que foram convidados.
Assim os encontrou a comunidade quando veio dar graças, os corpos direitos, de joelhos, com as mãos levantadas, e os olhos postos no Céu, que pareciam estar mostrando o lugar para onde as suas almas gloriosamente tinham voado. Seus corpos de tal sorte ficaram que não pareciam desanimados, mas que estavam em êxtase de elevada contemplação.
Estranhando a prolongada oração, chegara-se aos imobilizados corpos e, ficando atónitos, descobriram que a alma se lhes tinha ido para sempre.Bibliografia: Zeferino Brandão, Monumentos e Lendas de Santarém, Lisboa,David Corazzi – Editor, 1883.Virgílio Arruda, Santarém no Tempo,3ª edição – Santarém, Câmara Municipal, 1999.

Curiosidades Frei Gil

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ponte de Alcource

A Ponte de Alcource, ou Ponte de Alcôrce, situa-se na cidade de Santarém, mais propriamente no bairro da Ribeira de Santarém, nas proximidades do Chafariz de Palhais. Esta ponte medieval, erguida sobre a Vala de Palhais, fez outrora parte da estrada real que ligava Santarém a Coimbra. A ponte encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1977.

Teatro Rosa Damasceno

O Teatro Rosa Damasceno localiza-se na freguesia de Marvila em Santarém, Portugal.

A primeira sala de espectáculos foi construída entre 1877 e 1884, sobre as ruínas da antiga Igreja de São Martinho, por iniciativa do Club Santarém. O projecto de arquitectura foi da responsabilidade de José Luís Monteiro, que o modelou partir de outra obra sua o Teatro Ginásio Club, em Lisboa. Tratava-se de uma sala edificada ao gosto romântico imperando na fachada uma linguagem marcadamente clássica.



A construção original deste teatro -actualmente desaparecida- realizou-se entre 1870 e 1876 segundo traço do arquitecto José Luís Monteiro. Neste edifício, é de destacar a procura de formulários estétícos embuídos de um ecletismo análogo ao Teatro Ginásio de Lisboa, alusão que é sublinhada pela denominação escolhida - Rosa Damasceno- uma grande actriz que fazia furor nos palcos lisboetas da época.

O Templo Romano de "Scallabis"

O Templo Romano de "Scallabis" foi descoberto durante as obras de recuperação da Casa da Alcáçova, hoje uma unidade de Turismo de Habitação. Os especialistas concluíram tratar-se do pódio de um templo romano da antiga Scallabis, datado do século I a.C..

É uma estrutura quadrangular com, sensivelmente, 15 por 15 metros. Num dos cantos existem ainda vestígios de parte da parede que constituiria o recinto do templo. (Monumento Nacional)



Toda a área da Alcáçova apresenta vestígios de ocupação humana que remontam à Idade do Ferro (séc. VIII a. C.), conhecendo-se igualmente importantes vestígios dos período romano e medieval. Esta imensa diacronia tem sido objecto de investigação desde 1979

Ermida do Milagre (Santarém)

A Ermida do Santíssimo Milagre situa-se em Santarém, no centro histórico da cidade, na proximidade da Igreja de Santo Estêvão. Este pequeno templo, fundado no século XVII, foi erigido no local onde, segundo a tradição, se erguia a casa da mulher que cometera o sacrilégio que esteve na origem do Santíssimo Milagre, ocorrido em 1266. Actualmente, a relíquia do milagre encontra-se exposta na Igreja de Santo Estêvão (conhecida hoje como Santuário do Santíssimo Milagre).

terça-feira, 7 de julho de 2009

Igreja de São João Evangelista do Alfange

A Igreja de São João Evangelista do Alfange encontra-se situada na cidade de Santarém, sobre um pequeno outeiro sobranceiro ao bairro ribeirinho do Alfange, tendo servido de sede a uma das suas três paróquias (a de São João Evangelista). Este templo, de fundação anterior à conquista da cidade por D. Afonso Henriques, apresenta elementos pertencentes a vários estilos artísticos, desde a época pré-românica até ao período barroco. Nos primeiros anos do século XXI, foi objecto de uma vasta campanha de recuperação, depois de ter permanecido em ruínas durante décadas.




A igreja, construída no local onde terminava a calçada que ligava o bairro às Portas do Sol, foi provavelmente fundada nos séculos IX a X, em pleno período muçulmano, por uma comunidade de cristãos moçárabes que aqui se encontrava estabelecida. Contudo, existem indícios de que este templo foi erguido a partir de um outro mais antigo, possivelmente do período visigótico. Do período moçárabe, restam apenas a capela-mor e um fragmento de cancela de altar, recolhido no Museu Distrital de Santarém.

Convento das Capuchas (Santarém)

Outras Designações
Convento do Recolhimento das Capuchas Terceiras
Convento das Irmãs Capuchas do Real Conservatório de Nossa Senhora dos Inocentes da Terceira
Ordem de São Francisco
Antigo Hospital dos Meninos




Edifício ocupado em tempos pelas Capuchas, que com as clarissas-franciscanas, doceiras de grande fama, faziam os deliciosos celestes de Santa Clara, que são, ainda hoje, a especialidade de Santarém.
À sua fundação está ligado o nome da Rainha Santa Isabel e fazia parte do Convento das Capuchas.
Templo de uma só nave, tem, além da capela-mor, mais duas laterais. Uma pedra tumular na parede, à direita da porta principal, assinala que ali jaz, D. Joana Leonor Menezes e Athaide, 2.ª Marquesa da Fronteira, que faleceu em 24 de Desembro de 1731.
O portal, sobrepujado por um escudo bipartido, tem nele as armas de Portugal e a insígnia franciscana, entre colutas e ornatas barroquistas. Está datada de 1753.
No flanco esquerdo uma porta lateral datada de 1615.

Igreja de Santa Maria da Alcáçova

Junto ao jardim das Portas do Sol, esta igreja foi fundada no século XII pelo cavaleiro templário Frei Pedro Arnaldo. A igreja original de traça românica, serviu de capela ao paço-real e foi reconstruída nos séculos XVI e XVIII. Da primitiva traça nada resta, sendo os retábulos laterais, de cunho maneirista, os elementos mais antigos deste templo de ambiência neoclássica.




A igreja-colegiada de Santa Maria da Alcáçova foi fundada nos primeiros anos da segunda metade do século XII, após a conquista de Santarém aos Mouros, e a sua construção teve a iniciativa dos cavaleiros da Ordem do Templo, sob orientação de D. Frei Pedro Arnaldo, cavaleiro templário e comendador de Santarém. Ao longo dos séculos esta igreja, que sediou a primeira freguesia cristã após a tomada da vila, sofreu diversas campanhas de obras que acabaram por ocultar os planos arquitectónicos primitivos, pelo que, hoje, estamos perante uma obra, que no essencial, é fruto das intervenções dos séculos XVII-XVIII e cuja descaracterização mereceu a Almeida Garrett e a Alexandre Herculano palavras de acerbo desdém. Obras recentes de restauro permitiram detectar, sob a estrutura seiscentista, vestígios importantes dos primitivos arcos capitelizados medievais.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Igreja de Nossa Senhora da Piedade (Santarém)

Fundada por D. Afonso VI, ergue-se no local da antiga porta de Leiria, derrubada para dar lugar ao templo, e integrando a primitiva ermida de Nossa Senhora da Guadalupe na capela-mor. A construção prolongou-se até finais de seiscentos, com a construção da enorme cúpula apenas terminada no século XVIII. (Imóvel de Interesse Público)

Convento das Donas

Convento das Donas
O Convento de São Domingos das Donas, também conhecido simplesmente como Convento das Donas, situava-se na cidade de Santarém, na sua zona extramuros, junto da antiga Porta de São Manços e do Convento do Sítio. Este estabelecimento monástico, fundado no século XIII, era um dos mais antigos da cidade, tendo sido professado por freiras da ordem dominicana. O convento foi extinto no final do século XIX, tornando-se então um quartel militar. Actualmente, o que resta do antigo edifício conventual encontra-se ocupado pela polícia.

Igreja de São João de Alporão

Também conhecida pelos populares de Museu dos Cacos.

Remonta ao século XII, guardando os únicos vestígios significativos da arquitectura românica em Santarém, designadamente as paredes robustas, os contrafortes exteriores, e a decoração vegetalista e zoomórfica dos capitéis. Mas a sua verticalidade e sistema de cobertura, e alguns elementos decorativos, inserem-se claramente no vocabulário gótico. No século XVIII, a sua torre românica teve que ser destruída para que passasse o coche da Rainha D. Maria I. Actualmente esta igreja é ocupada pelo Museu Municipal de Santarém que apresenta um espólio de arqueologia e arte medievais.




A igreja de São João de Alporão constitui um caso único na arquitectura medieval portuguesa. Produto híbrido estilisticamente, aqui coexistem soluções filiadas em esquemas românicos e outras já nitidamente góticas, característica que confere a este templo um estatuto ímpar no panorama arquitectónico de Santarém e até do país, pelo elevado grau de experimentalismo, de "primeiro efeito de descontinuidade na arquitectura escalabitana" e, simultaneamente, de "primária ligação dos dois estilos".
A sua fundação deve-se à Ordem de São João do Hospital, cuja fixação na cidade situa-se entre 1159 e 1185. No foral de 1179 pode depreender-se já a presença dos Hospitalários no território mas, até ao momento, a data exacta de estabelecimento permanece desconhecida. A impossibilidade em relacionar a datação da igreja com a fixação dos Hospitalários tem favorecido a dispersão de datas propostas para a construção do templo, apesar de não restarem hoje grandes dúvidas sobre uma concepção inicialmente românica, datável das últimas décadas do século XII.
São vários os indicadores nesse sentido, desde a estrutura maciça da nave - que se filia no grupo de igrejas românicas de nave única do Douro Interior - até à feição, em certa medida, tradicional do portal principal - com as suas arquivoltas em arco de volta perfeita -, passando ainda por outros aspectos, como a inutilidade estrutural dos contrafortes ou o carácter fortificado de todo o conjunto, a que se adossava uma pesada torre circular, demolida em 1785 para permitir a passagem do coche real de D. Maria I.

Igreja de Santa Iria (Santarém)

A Igreja de Santa Iria situa-se em Santarém, na freguesia de Santa Iria da Ribeira de Santarém, justamente na parte da cidade que fica junto ao rio Tejo. Esta igreja remonta provavelmente ao século XII, apesar de actualmente manifestar uma visível influência do barroco. O seu orago é Santa Iria, a mártir cristã nabantina cujo corpo, segundo conta a lenda, aportou a estas paragens após o seu martírio.




Templo de origem medieval e que sofreu importantes reformas nos Sécs. XVI e XVII. O pórtico está datado de 1688. Destacam-se os elementos cerâmicos, azulejos mudéjares do séc. XVII e as pinturas em "tromp-l`oeil".


Igreja de Santa Cruz (Santarém)

Templo de raiz medieval, a nave foi reconstruída no século XVI, mantendo ainda assim a espacialidade característica das construções góticas. Muita da decoração interior é setecentista, assim como a pintura do tecto da abóbada, com motivos arquitectónicos e ilusionistas. (Imóvel de Interesse Público)




Construída pela iniciativa de um estranho Conde Lourenço Domingues Minatos - provavelmente de origem estrangeira - e de sua mulher, Iria Afonso Caeira (ambos sepultados na capela-mor), a igreja de Santa Cruz da Ribeira de Santarém permanece como o único exemplo, actualmente conservado na cidade, de arquitectura religiosa gótica trecentista que não decorre do patrocínio mendicante.
Constitui, por isso, um bom testemunho na urbe escalabitana de um modelo de igrejas paroquiais, adoptado um pouco por todo o Sul do país durante os reinados de D. Dinis e de D. Afonso IV, e cujos exemplos melhor conseguidos situam-se na Estremadura, como os templos de Santo André de Mafra ou de São Leonardo de Atouguia da Baleia.

Igreja do Seminário

Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Colégio dos Jesuítas.

Igreja do Seminário de Santarém.
Construída entre 1672 e 1711, integra-se, pela originalidade e sobriedade da fachada, no "estilo chão". De função educativa e religiosa, foi depois modelo das igrejas jesuítas do Brasil (Baía). Depois da expulsão dos Jesuítas foi Seminário Patriarcal. Actualmente é Sé Catedral.



Em 1647 D. João IV doa os antigos Paços Reais à Companhia de Jesus em troca da construção da igreja. Esta apresenta uma fachada maneirista dentro da linguagem utilizada nas construções jesuíticas, inserindo-se o interior já num programa barroco, designadamente nos seus altares de mármore com embutidos, azulejos e pinturas do tecto. (Monumento Nacional)

Igreja da Graça (Santarém)

A Igreja de Santa Maria da Graça, igualmente conhecida como Igreja da Graça ou como Igreja de Santo Agostinho.

A Igreja da Graça data do século XIV (1380) e a sua construção deve-se à vontade de D. Afonso Telo de Menezes, 1º Conde de Ourém, que resolveu fundar na vila um convento seguindo a regra de Santo Agostinho. Esta igreja revela, em Santarém, o esplendor do estilo gótico-flamejante, seguindo as inovações arquitectónicas e decorativas que eram ditadas pelo Mosteiro da Batalha.

A fachada é um dos aspectos mais interessantes desta igreja.
É harmoniosamente marcada por um elegante pórtico de arquivoltas, sobreposto por um arco conopial, muito frequente na linguagem gótica flamejante, e envolvido por uma moldura finamente decorada que preenche todo o espaço do corpo central.
Ao alto, uma impressionante rosácea de grande qualidade, que dizem feita de uma só pedra, revela a maturidade estilística dos artistas.



Uma das características particulares deste templo é o desnível que existe com o exterior.
Descendo alguns degraus temos acesso ao amplo interior, de três naves, com o ritmo marcado por grandes colunas. A cabeceira, um pouco mais baixa, é coberta por uma abóbada de cruzaria de ogivas e decorada por altas janelas que iluminam o altar.
A iluminação é completada pela rosácea e pelas várias fenestras ao longo do corpo da igreja, revelando um entendimento perfeito da estrutura gótica.



No braço direito do cruzeiro (lado da Epístola), está o túmulo conjunto de D. Pedro de Menezes, neto do fundador, e de D. Beatriz Coutinho, sua mulher, com esculturas jacentes de mãos dadas, à maneira dos túmulos no Mosteiro da Batalha. Fiel servidor de D. João I, foi Governador de Ceuta entre 1415 e 1437, 1º Conde de Vila Real e 2º Conde de Viana do Alentejo.
Na decoração flamejante da arca tumular, encontramos a representação da sua divisa por diversas vezes: um ramo de zambujeiro e a palavra "Aleo" aludindo ao orgulho do guerreiro que participou na conquista de Ceuta (em 1415).

Em frente ao altar, num absidíolo do lado direito, encontramos a sepultura em campa rasa de Pedro Álvares Cabral, com uma simples inscrição gótica.

Convento de São Francisco


Convento de São Francisco (ontem)
Em ruína depois de um incêndio em 1940, as obras de restauro que a seguir tiveram lugar não foram concluídas e ainda hoje o monumento apresenta um aspecto desolador.
Esta construção, considerada já como "a mais bela manifestação de arte gótica do país, antes da construção do Mosteiro da Batalha" (CHICÓ, 1954, p.83), não tem qualquer paralelo no contexto da arquitectura nacional e as analogias mais evidentes parecem situar-se em solo hoje espanhol.
Ao longo dos primeiros séculos da sua história o convento acolheu numerosos enterramentos, seguindo o percurso da sociedade da Baixa Idade Média em relação à morte e ao papel dos mendicantes neste novo quadro mental. O caso mais excepcional foi o do próprio rei D. Fernando, que na segunda metade do século XIV patrocinou a construção de um coro-alto, nos três tramos médios da nave central, para nele ser sepultado.



Convento de São Francisco (hoje)
O Convento de São Francisco em Santarém está aberto ao público. Após as comemorações oficiais do 10 de Junho 2009, o Convento de São Francisco veio dar animação e vida a nossa cidade. Este é mais um Monumento Nacional Classificado que esteve muitos anos fechado, em ruínas desde o século XIX e encerrado depois do incêndio, foi o local escolhido para a realização do banquete oferecido ao corpo diplomático que veio a Santarém assistir às comemorações do Dia de Portugal. O monumento teve de ser objecto de uma limpeza, de alguns melhoramentos e do acondicionamento de algumas pedras de elementos arquitectónicos que se encontravam ali depositadas, para poder criar as condições para acolher o jantar oficial oferecido pelo Presidente da República na noite de 9 de Junho.
Esta foi mais uma iniciativa do Presidente da CMS Francisco Moita Flores.
A entrada é gratuíta e funciona das 10:00 horas ás 18:00, fecha para almoço dos funcionários.

Ver em: Igreja e Claustro do extinto Convento de São Francisco

Igreja e Convento de Nossa Senhora de Jesus do Sítio

Também conhecido por, Igreja do Hospital, ou de Jesus Cristo.



Construída no século XVII, apresenta uma feição maneirista com fachada de estilo chão, dividida em três andares e enquadrada por duas torres ligadas por balaustrada. Do interior destacam-se as tábuas pintadas do altar colateral esquerdo e a tela representando o Pentecostes. (Monumento Nacional)

Igreja da Misericórdia de Santarém

A construção da Igreja da Misericórdia, em meados do séc. XVI, ocorreu por especial empenho da rainha D. Catarina, regente pelo seu neto, D. Sebastião. A obra, assinada por um dos mais importantes arquitectos portugueses quinhentistas, Miguel Arruda, arquitecto da Casa Real, foi morosa e a sua conclusão deu-se apenas no período filipino.

Recebendo já as influências da Contra-Reforma, a igreja revela no seu interior o "mais impressionante dos espaços arquitectónicos do séc. XVI em Santarém". É um exemplo perfeito de igreja-salão, de soberbas proporções, com três naves , todas à mesma altura, com abóbadas de nervuras cruzadas, iluminadas por seis janelas rectangulares e sustentadas por dez colunas toscanas, decoradas com brutescos, elementos que conferem a estrutura espacial e monumentalidade ao conjunto.

A igreja foi originalmente pavimentada com ladrilho de barro rubro, que seria substituído, no primeiro quartel do séc. XVIII, pelo actual lajedo. Outras alterações, prejudiciais à harmonia original, foram introduzidas: o coro tardio, obra neo-clássica, que diminui o espaço interior ao aglutinar duas colunas e a substituição do retábulo maneirista por outro oitocentista de menos feliz execução.

Nada subsiste da fachada quinhentista. A actual, seccionada em termos verticais, com pórtico, três janelões ornados com conchas, festões, frisos de ábacos e outros elementos, e frontão golpeado, denuncia as campanhas subsequentes ao terramoto de 1755.








Tipologia
Arquitectura religiosa, maneirista, rococó. Igreja da Misericórdia com planta tipo igreja-salão (Hallenkirche) com 3 naves de 4 tramos à mesma altura e com presbitério sobrelevado em relação à nave. Linguagem maneirista presente no tratamento do espaço interno e na janela de canto da Sala da Irmandade, mas com fachada da igreja com exuberante decoração rococó. Na Sala do Consistório, silhar de azulejos neoclássicos com representação das Obras da Misericórdia Corporais.

Igreja de São Nicolau (Santarém)

Fundada no séc. XIII, dela se destacam a capela de S. Pedro com o túmulo gótico de Fernão Rodrigues Redondo, datado de 1360, e o túmulo de João Afonso, de estilo manuelino, do princípio do séc. XVI, com uma imagem de Cristo Crucificado, ladeado por esculturas de madeira polícroma de S. João Evangelista e da Virgem. (Monumento Nacional)

A Igreja de São Nicolau encontra-se situada no centro histórico de Santarém, na freguesia de São Nicolau. Este templo, sede de uma das mais antigas paróquias da cidade, foi reconstruído no século XVII na sequência de um incêndio, sendo-lhe então conferido o aspecto actual, representativo do maneirismo e do barroco.

Capela de Nossa Senhora do Monte (Santarém)

Numa pequena elevação do centro da cidade , esta capela terá sido provavelmente construída no século XIII. Da sua raiz românico-gótica mantém-se a primitiva planta, bem como o arco triunfal e a abóbada da capela-mor, provavelmente quatrocentista. Das remodelações de quinhentos ficaram, entre outros elementos, o pórtico principal renascentista e as sepulturas do cavaleiro Duarte Sodré e de Aires Sequeira. No seu interior podemos ver duas esculturas em madeira do século XVII que representam Nossa Senhora da Piedade e A Virgem e o Menino. (Monumento Nacional)



É mais um monumento que está escondido e que devia estar devidamente assinalado.

Igreja do Milagre


Igreja de Santo Estevão

Igreja Paroquial. dedicada ao mártir Santo Estevão e localizada no sítio mais alto de Santarém, ficava dentro dos muros que cercavam a vila, num dos locais mais antigos do burgo. Já existia no século XIII, tendo sido sagrada em 1241, a 16 de Fevereiro, e passou a ser conhecida pela Igreja do Milagre, porque nela se guarda a Partícula Consagrada. A sua origem medieval está documentada pela presença de alguns elementos, que ainda são visíveis no transepto, não restando qualquer outra evidência arquitectónica desta primeira construção, cujo desaparecimento se ficou a dever a causas que continuam, ainda hoje, por esclarecer. Foi restaurada e transformada - reconstruída, em boa verdade - no século XVI, com acentos renascentistas, tendo perdido os traços de antiguidade e garantindo-lhe uma nova expressão, que voltou a sofrer uma intervenção, ao que parece por volta da primeira metade do século XVIII, que lhe conferiu características barrocas, particularmente no que diz respeito aos seus retábulos e á decoração do coro.

Convento de Santa Clara (Santarém)

Convento de Santa Clara
Convento de Santa Clara

O Convento de Santa Clara de Santarém erguia-se extramuros do burgo medieval escalabitano e foi fundado cerca de 1264, por iniciativa de uma filha de D. Afonso III, D. Leonor Afonso, nobre senhora que vestiu o hábito das freiras clarissas. Do cenóbio mendicante, de traçado arquitectónico do gótico inicial ducentista, apenas subsiste a monumental e despojada igreja conventual, provavelmente ampliada no reinado de D. Dinis.

Igreja de Marvila



Igreja de Santa Maria de Marvila

A Igreja de Santa Maria de Marvila é sede de uma das mais antigas paróquias da cidade de Santarém. Segundo reza a lenda, o nome de Marvila teria derivado do de Nossa Senhora das Maravilhas, invocação que D. Afonso Henriques dera a uma imagem da Virgem oferecida àquele templo por São Bernardo de Claraval.
Desconhece-se a data da sua fundação, tradicionalmente atribuída aos Templários, que a teriam edificado logo após a conquista da cidade, no ano de 1147. Todavia, alguns autores admitem a possibilidade de a sua origem ser mais remota, considerando que os Cavaleiros do Templo teriam então reconstruído um edifício que os muçulmanos haviam poupado.

Fonte das Figueiras

A Fonte das Figueiras foi edificada no séc. XIV, sendo um exemplar do estilo gótico. É uma fonte em forma de alpendre, adossada a um pano de muralha, com três arcos ogivais que assentam em colunas com capitéis decorados com motivos vegetalistas. Num dos arcos pode observar-se o escudo de D. Afonso III. Está classificada como Monumento Nacional.

Localizada num ponto estratégico da cidade medieval, dentro do perímetro muralhado mas mantendo ligações
privilegiadas com os núcleos ribeirinhos, a Fonte das Figueiras é um dos raros exemplos que chegaram até hoje de
arquitectura civil gótica e de abastecimento de água às populações na Idade Média portuguesa.

Este monumento encontra-se escondido e mau sinalizado.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Torre das Cabaças

Torre das Cabaças ou Torre do Relógio ou O Cabaceiro – Santarém
As fotos abaixo mostram o antes e o depois das obras.

Da primitiva torre pertencente ao conjunto defensivo de Alpram, chegou até aos nossos dias apenas a antiga torre do relógio do senado da Câmara, ou seja, a Torre das Cabaças ou do Relógio.

Santarém em meados do século XV era uma das primeiras cidades Portuguesas depois de Lisboa e Porto a receber uma importante inovação, o relógio mecânico. Uma sólida edificação, em forma de um paralelepípedo de 22 metros, construída em propriedade real e doada ao Concelho e situada junto a S. João de Alporão, coroada por uma armação de ferro, para suporte das cabaças, que lhe dão o nome e que, segundo reza a história popular, relacionam as Cabaças como “homenagem” ás “cabeças ocas” dos vereadores que decidiram a sua construção. Mas na verdade, a sua denominação deve-se ás cabaças servirem de caixa de ressonância do sino do relógio. Contudo, a sua aparente fealdade decorrerá, sobretudo, das sucessivas alterações a que foram sujeitas as muralhas e corpos adjacentes localizados na sua base, concedendo, no seu conjunto, uma determinada visão de desequilíbrio volumétrico.




O nome "das Cabaças" fixou-se popularmente a partir de fins do século XVIII, devido à colocação de oito cabaças de barro em uma estrutura de ferro que suporta um sino de bronze de grandes dimensões, fundido em 1604.Encontra-se classificada como Monumento Nacional por Decreto de 3 de Fevereiro de 1928.
A Torre das cabaças alberga, actualmente, um Núcleo Museológico do Tempo.












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